“Eu ficava olhando as estrelas, e fazia um pedido ao luar.
Eu buscava um amor nos meus sonhos, e um dia encontrei seu olhar”
(O Amor Faz – Sandy & Junior)
Hoje algo chamou minha atenção: vindo pra casa vi uma estrela-cadente. Fiquei surpreso com o acontecido por dois motivos: ao vê-la, me dei conta de que nunca mais tinha parado pra prestar atenção na magnitude do céu, gastar tempo observando a lua e as estrelas, ou simplesmente observar a chuva cair... Aquilo que chamam de “as coisas simples da vida”. Do outro lado, me dei conta de que, ao ficar impressionado com isso, perdi a oportunidade de fazer meu pedido, já que os pedidos só podem ser feitos no exato momento da queda da estrela.
Porém, ao virar a esquina percebi que a estrela tinha piscado mais uma vez, e, por sua vez, tornou a apagar. Cheguei a pensar que era um sinal pra que meu possível pedido fosse feito. Ao observar com mais sagacidade, meus olhos não falharam e me mostraram que aquilo não era uma estrela, muito menos cadente, mas, sim, um vaga-lume. Fiquei muito intrigado, como se aquele, sim, fosse um sinal, algo pra que eu colocasse os pés no chão, pra me mostrar que “nem tudo que reluz é ouro”.
É bom abrir os olhos pra enxergar as coisas de outro ângulo, pra eu perceber isso foi só virar a esquina. Nossos olhos às vezes nos confundem e pregam peças em nós. Principalmente se estão acompanhados de pensamentos que nos fazem viajar e esquecer que “a vida está aí pra ser vivida”.
Hoje, não sei se você reparou, caro leitor imaginário, mas a Lua veio vestida de sangue, em sua mais pura essência. Alguém muito especial me disse que as blood moons servem para mostrar que certas coisas não são o fim do mundo. Que algumas coisas machucam e que elas lhe fazem sangrar, assim como a Lua, mas que você ficaria bem.
Ouso compará-la com minha confiança: após passar por várias fases em um determinado tempo, eis que ela é adquirida. Mas, se você fizer com que ela se perca e a faça sangrar, ela some pra talvez nunca mais ser vista outra vez... como o cometa Halley.
Portanto, o melhor a fazer é esquecer que existem estrelas cadentes, por que elas podem ser apenas vaga-lumes; deixar para trás também os pedidos, por que o que tem de acontecer, uma hora ou outra acontece, é só ter fé e esperar; e, simplesmente acreditar no poder da Lua, porque um dia tudo vai ficar bem.