Já me questionei diversas vezes se
um dia eu voltaria a falar sobre você. Fiz isso para saber se seria realmente
relevante e confortável para mim colocar em palavras tudo o que senti nesse
tempo inteiro que ficamos sem manter um contato “frequente”, mesmo que tão
curto.
Das outras vezes não tinha um
motivo aparente, trocávamos mensagens ou raramente ligávamos um para o outro para
falar sobre nós. Mas não “nós” como um casal ou “nós” como amigos. Mais
especificamente para que eu falasse de mim e você sobre você, e agíamos com a maior
naturalidade, como se aquilo não estivesse afetando (direta, ou) indiretamente
como nós nos sentíamos com relação ao outro.
Há alguns anos, disse aqui um
trecho de umas coisas que a Madonna falou sobre o amor, que ele vem para a
gente por uma pessoa que te faz sentir as coisas boas e ruins de realmente
gostar de alguém, ao mesmo tempo - não necessariamente com essas palavras, mas
o sentido é basicamente esse. E você é isso, é essa combinação de sentimentos,
misturado com lembranças incrivelmente inesquecíveis. As boas. As ruins.
Ter ido, ocasionalmente, falar com
você me trouxe um vazio muito grande com a notícia de sua partida. O sentimento
misto se repetiu pela felicidade de te ver buscando uma nova saída, novas
experiências. Uma mudança muito grande, mas que – espero – que seja para
realização de muitos sonhos, inclusive alguns dos sonhos de seu pai, que sempre
foi completamente apaixonado por você.
Mas o sentimento de tristeza, pela ausência
que deixou agora que já foi embora, não passa tão fácil assim. É incrível,
volto a me questionar: como pode, após tantos anos afastados, ainda mexer tão
profundamente no meu peito? Me aperta, me sufoca, sem sequer me tocar. Como
pode ficar tão emaranhado nos meus pensamentos, sendo que não temos mais “nada”.
Acredito que seja por isso que as
pessoas falam - e já falaram inclusive para mim – que amor é só um. Podemos ter
outras pessoas em nossas vidas. Uns namoradinhos, paquerinhas ou algo mais sério
e duradouro, com pessoas bacanas e dispostas a um relacionamento maduro. Mas
por mais maduro ou imaturo que tenha sido o seu relacionamento com o seu “primeiro
amor”, é dele que você vai lembrar. É com ele que você vai fazer as comparações
psicológicas ou com seus amigos sobre ele e o possível novo crush da sua vida.
Você está, como diria aquela canção
famosa, “há milhas, e milhas e milhas... de qualquer lugar”. Mas tenho que
confessar que não importa o quanto você esteja longe, nem quantas coisas ou
pessoas vão passar por nossas vidas, mas você sempre será uma lembrança boa no
meu coração. Fica com Deus e sucesso na sua vida nova. Te desejo toda a sorte
do mundo.
Um comentário:
Escreva mais meu amigo. É delicioso enxergar a história pelas suas palavras.
Beijos!
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